Praticamente todas as galáxias possuem um buraco negro massivo em seus núcleos, que representam cerca de 0,5% da massa total da galáxia. Entretanto, a descoberta de uma galáxia chamada CID-947, com um buraco negro que representa 10% de sua massa total fez com que os cientistas ficassem estupefatos. Possivelmente, a descoberta irá afetar as teorias atuais de como as galáxias evoluem.
De acordo com uma publicação no portal ‘IFLScience’, o buraco negro de 11,7 bilhões de anos parece ter crescido muito antes que a galáxias que o hospeda. Formada dois bilhões de anos após o Big Bang, ele está entre os buracos negros mais massivos já encontrados, com uma massa aproximadamente sete bilhões de vezes maior que a do sol.
O principal autor do estudo, Benny Trakhtenbrot, do Instituto ETH Zurich de Astronomia, disse que o buraco negro é muito maior do que os normalmente encontrados em galáxias comuns. “Esse é um buraco negro gigante dentro de uma galáxia de tamanho normal. Ele excede muito o tamanho esperado de um buraco negro dentro de uma galáxia”, disse.
Outro fator surpreendente em relação a essa nova galáxia, é que ela continua formando novas estrelas – o que confronta a teoria de que a radiação emitida pela expansão de buracos negros acaba atrapalhando a formação de estrelas.
De acordo com o ‘Space.com’, a descoberta pode dar suporte às teorias que dizem que os buracos negros cresciam muito mais rápido no universo primitivo, já que o cosmos era menor e mais denso. A descoberta, que foi primeiramente publicada no portal supracitado, foi feita pelo Observatório Keck, no Hawaii, utilizando seu instrumento MOSFIRE. Os pesquisadores estavam realizando exames de rotina, procurando novos buracos negros, mas não esperavam tamanha descoberta.