Com fim do "Ibracentrismo" no ar, PSG inicia Francês de olho em hegemonia

Jogadores do PSG festejam no vestiário o título francês (Foto: Reprodução / Instagram)
O noticiário aponta que o ar de Paris anda carregado de poluição a ponto de o governo local decretar rodízio de carros. Mas no principal clube de futebol da Cidade Luz, o Paris Saint-Germain, é possível sentir na atmosfera uma leve brisa de novos tempos. Prestes a iniciar mais uma edição do Campeonato Francês, o clube comandado pelo xeque Nasser Al Khelaifi percebe a chegada de ventos de mudanças. Com Di María confirmado como grande reforço para a temporada e Ibrahimovic cotado para sair daqui a um ano, um dos "novos ricos" do futebol europeu já não é tão novo assim e vê a chance do começo de outra era: o fim do "Ibracentrismo", com a gradual passagem de bastão para o recém-chegado argentino. Um aperitivo já vem na primeira rodada, já que Ibra está lesionado e desfalcará o time na estreia contra o Lille, nesta sexta-feira, às 15h30 (de Brasília) - o SporTV transmite ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, com vídeos. 
A provável troca no posto de estrela do elenco é um marco no projeto parisiense, que teve Ibra como grande símbolo nos últimos três anos. A mudança de status do PSG ocorreu em 2012, embora o milionário catari já tenha injetado seu dinheiro no ano anterior. Foi ali que o clube chamou a atenção do mundo ao concretizar, em uma só tacada, as contratações de Thiago Silva e Ibrahimovic, que estavam no Milan. O sueco logo se tornou o grande expoente da equipe, que almejava, inicialmente, voltar a conquistar um título francês depois de 19 anos e tentar uma boa campanha na Champions.
Di Maria ganha a 11 no PSG Torre Eiffel (Foto: Divulgação / PSG)
O universo do PSG teve Ibra como grande centro em todo este período, não importava quem chegasse ou saísse do Parque dos Príncipes. Carlo Ancelotti foi embora, veio Laurent Blanc... e o sueco estava lá como astro. Cavani foi contratado pelo triplo do preço do astro, mas nem chegou perto do status do companheiro - com quem teria tido problemas de relacionamento que quase motivaram sua saída um ano depois. Lucas, Lavezzi, Pastore e cia., por mais que fossem idolatrados pela torcida, jamais tiveram a moral que o sueco adquiriu. Para muitos, a referência para o PSG era "o time de Ibrahimovic".
O polêmico astro foi o artilheiro do time nas três temporadas em que esteve no Parque dos Príncipes - mas teve desempenho menos chamativo com o passar dos anos, tanto em número de gols quanto em partidas jogadas. Em 2012/13, foram 30 tentos em 34 jogos. Na temporada seguinte, 26 bolas na rede em 33 partidas e, em 2014/15, 19 gols em 24 aparições (Cavani, vice-artilheiro, tem 18 em 35 jogos). A chegada de Di María pode tirar ainda mais o peso do sueco no sucesso do time.
O iminente fim da era Ibra coincide com uma clara mudança de foco no projeto do xeque. O jejum de 19 anos sem títulos do Campeonato Francês foi enterrado com um tricampeonato. Hoje, o Paris Saint-Germain entra como favorito no torneio com muita distância para os rivais, com um ar de quem está pronto para impor uma nova hegemonia no país - assim como o Lyon fez entre 2002 e 2008, sendo heptacampeão na era Juninho. 
- Para o Francês em geral acho que é bom, pois tem uma equipe de grande nível. A França quer ter um bom representante na Europa, no ano passado foram dois nas quartas de final, contando o Monaco. Mas, para os outros times, nunca é bom, pois pode ficar muito tempo sem ganhar nada. O PSG conquistou os três títulos no ano passado e dois no retrasado. É difícil disputar assim. Para o torcedor é legal, pois ele gosta de ver tantas estrelas como as do PSG - disse o lateral Fabinho, do Monaco.

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