EE-T1 OSÓRIO, A mais poderosa arma já produzida no Brasil.


O EE-T1 Osório foi um carro de combate pesado (MBT – Main Battle Tank), desenvolvido na década de 80 pela empresa brasileira Engesa, produtora dos famosos EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu, que estão em uso ainda em vários países. Projetado com financiamento próprio para fazer parte de uma concorrência para a Arábia Saudita, em Julho de 1987, um protótipo do Osório com canhão de 120 mm competiu com o britânico Challenger, o americano M1 Abrams e o francês AMX-40, derrotando todos os oponentes. Em 1988, no Abu Dhabi, o Osório repetiu a façanha, desta vez derrotando também o MBT italiano C-1 Ariete.
Os testes seriam feitos por tripulações da Arábia, e constavam de rodagem em rodovia e deserto, consumo, resistência do motor, superação de obstáculos, andar em planos inclinados, substituir lagartas em 40 minutos, testes de tiro com alvo móvel e estático a distancias de até quatro kms e se tudo isto não fosse pouca coisa, tinha que andar de ré e rebocar outro tanque de até 35 toneladas por 15 kms. O Osório fez tudo isto e ainda rebocou o tanque americano (bem mais pesado). No final sobrou o Osório e o Abram americano.
Os Arábes “All in all” davam como vencedor ao Osório, que além do mais era mais barato, o que gerou um entusiasmo geral aqui no Brasil. No seguinte ano também teria um bom desempenho em outro teste, desta vez para os Emiratos Árabes.
Porém no meio disto tudo o Iraque invadiria o Kuwait e na corrida o fornecedor que tinha os tanques para pronta entrega eram os americanos. No final da história, a Arábia Saudita comprou o M1 Abrams inviabilizando a produção do Osório. Um negócio de bilhões de dólares.
Deste ponto até a falência da Engesa poucos anos depois, houve um cúmulo de fatores, desde o elevado investimento, a falta de contratos de venda, a falta de dinheiro do governo para comprar os Osórios (depois acabaria gastando milhões e comprando tanques usados), uma suposta intervenção de USA na jogada para destruir a concorrência (o que é normal acontecer entre concorrentes para falar a verdade) e fatores de geopolítica, aonde alguém sempre deve algo a alguém e acaba cobrando favores.





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