O Megalodon, o tubarão de maior massa que já
rondou os oceanos, pode ter ficado tão grande que ficou propenso a extinção.
Por alguma razão misteriosa, muitos dos
monstros marinhos gigantes ficaram mais longos ao longo de um período de 14 milhões de anos e, em seguida, todos eles foram extintos, revela uma nova
pesquisa.
Embora não esteja claro por que os gigantes
foram ficando cada vez maiores ao longo do tempo evolutivo, seu grande tamanho
pode tê-los tornado mais vulneráveis à extinção, disse a co-autora Catalina
Pimiento, doutorando em biologia na Universidade da Flórida e do Instituto
Smithsonian no Panamá.
O Megalodon podia crescer até 18 metros de
comprimento e tinha uma mordida mais poderosa do que a de um Tyrannosaurus rex.
Os monstros marinhos aterrorizaram os oceanos cerca de 16 a 2 milhões de anos
atrás. Embora isso possa parecer um longo reinado, outras espécies de tubarões
sobreviveram por mais 50 milhões de anos sem mudanças significativas no corpo,
disse Pimiento.
“Esta espécie não é tão bem sucedida como nós
pensamos”, disse Pimiento. “Um monte de tubarões que estavam vivos durante o
tempo do Megalodon ainda estão por aí hoje.”
A breve história do Megalodon fez Pimiento se
perguntar se o tamanho do corpo do tubarão afetou seu sucesso evolutivo.
“O tamanho do corpo afeta quase todos os
aspectos da biologia e ecologia de um organismo,” Pimiento disse. “Quando você
tem um grande organismo como o Megalodon, pode não ser muito bom”.
Animais maiores podem comer uma variedade maior
de alimentos e serem predadores mais ferozes. Mas como eles comem mais tipos de
animais, eles também têm mais concorrência para esses animais, e o ecossistema
pode suportar uma densidade populacional inferior deles, uma vez eles que
precisam de mais recursos – incluindo o espaço – para sobreviver. Quando o
abastecimento de alimentos diminuiu, essas criaturas gigantes podem ter tido um
tempo difícil para encontrar comida suficiente, disse Pimiento.
Pimiento foi a vários museus ao redor do mundo
e mediu o tamanho do dente de cerca de 400 espécimes de Megalodon. Com base
nessas medições, ela estimou seu tamanho corporal final antes da extinção.
Ela concluiu que, embora o tamanho do maior e
menor dos animais não se alterou ao longo do tempo, havia animais maiores
durante os períodos posteriores de sua evolução.
Ainda não está claro exatamente por que os
gigantes ficaram ainda maiores, mas Pimiento planeja olhar para os dados
climáticos e informações sobre outras espécies para descobrir isso.
De qualquer maneira, ser tão grande pode ter os
feito mais vulneráveis à extinção. Embora os mega-tubarões tenham morrido,
seus parentes próximos – grandes tubarões brancos – ainda aterrorizam os mares
hoje.