Sonho realizado

Bill May e Kristina Lum-Underwood EUA nado sincronizado Mundial de Kazan (Foto: Michael Dalder/Reuters)

Há 26 anos, o americano Bill May começou a escrever uma história bonita e improvável dentro das piscinas. Não era natação, polo aquático ou saltos ornamentais. O menino de 10 anos curioso ao ver a irmã treinando nado sincronizado não viu problemas em tentar acompanhar também aqueles movimentos bonitos dentro d’água. Ali, ele nem podia supor a opção difícil que havia escolhido. Foram anos e anos lutando para ter os mesmos direitos das donas do pedaço. 

Enfrentou preconceitos, colecionou “nãos”, competiu em disputas femininas em seu país e quase desistiu do que parecia impossível. Quando já não tinha mais esperanças, tudo mudou. A Federação Internacional de Natação (Fina) decidiu, enfim, incluir a prova mista no quadro oficial do esporte. O então bailarino do Cirque du Soleil mais uma vez voltou a sonhar. E a realizar. Aos 36 anos, tornou-se em Kazan o primeiro homem campeão mundial da modalidade, em exibição com Christina Jones. Nesta quinta-feira, é favorito a levar mais um ouro, desta vez ao lado de outra parceira, Kristina Lum-Underwood.

Dentro da piscina ou ao redor dela no Estádio de Kazan, Bill parece um menino empolgado, radiante com a estreia em uma grande competição. O que o americano vive no Mundial da Rússia esta semana é, de fato, algo bem parecido com a euforia de um jovem iniciante. O sorriso não sai do rosto e olhos brilham ao falar da façanha de, depois de 16 anos de dedicação, enfim ter a chance de disputar o maior torneio da modalidade.

- Está sendo maravilhoso. Eu me sinto bem como nunca estive. Eu estou empolgado, estou orgulhoso. Essa é uma grande oportunidade para mim e para todos homens que nadam. Estamos muito felizes com essa chance. Não acredito que estou aqui. Eu olho em volta, olho para os atletas... Nós trabalhamos tão pesado, esperamos muito por isso – disse, entusiasmado.

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