Do choro de alívio ao sonho do título: a mudança de Prass e do Palmeiras

Fernando Prass Abel Neto Palmeiras (Foto: Felipe Zito)
No dia 6 de dezembro de 2014, o Palmeiras entrou em campo na arena para defender sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro diante do Atlético-PR. Neste domingo, dia 2 de agosto de 2015, o Verdão volta a enfrentar o Furacão pelo mesmo torneio, mas com um cenário completamente diferente. 
Como prova da grande reformulação vivida pelo clube em quase oito meses, apenas um dos onze titulares da equipe palmeirense foi mantido de lá para cá: Fernando Prass.
Líder do elenco, o goleiro foi às lágrimas após o fim da partida do ano passado. O empate em 1 a 1 só foi suficiente para garantir a permanência do Palmeiras na elite do futebol nacional por causa da ajuda do Santos, que venceu o Vitória fora de casa e rebaixou o clube baiano.
– Nunca tinha jogado um Campeonato Brasileiro brigando para não cair até a última rodada. Pressão por título é grande. Mas um time do tamanho do Palmeiras, nesta situação, não tem pressão igual. Entramos nesse último jogo com uma pressão absurda. Eu, que tinha 36 anos, não aparentava, mas sentia a pressão. Imagina os meninos que foram jogados ali: João Pedro, Nathan, Gabriel, Victor Luis, Renato... Quando acabou o jogo e vimos que tínhamos saído da situação, parece que dá uma descarga de adrenalina que você fica cansado. Cheguei em casa exausto, parecia que tinha corrido uma maratona. É uma sensação de estresse ao extremo – disse Prass, em entrevista a Abel Neto, no Globo Esporte SP.
No ano passado, Fernando Prass foi desfalque durante cinco meses por causa de uma fratura no cotovelo direito. Ausente durante grande parte do Campeonato Brasileiro, o goleiro foi obrigado a acompanhar fora de campo a péssima campanha palmeirense no torneio.
– Eu fiquei cinco meses com cotovelo quebrado. Teve um jogo contra o Botafogo numa quarta-feira, eu voltei a treinar coletivo no sábado para jogar na quarta. Não treinei nem uma semana depois de cinco meses parado. Para um goleiro isso é um absurdo. Muita gente disse que era loucura. O Dorival perguntou se eu queria mesmo jogar, eu disse que não conseguia ficar fora mais. Foi uma “loucura”, mas deu certo porque vencemos por 1 a 0 aquele jogo. Se tivéssemos perdido e eu falhado, talvez eu me arrependesse para o resto da vida. Como a torcida acompanhou esse meu sofrimento, e consegui jogar esses 13 jogos finais, acho que até hoje eles reconhecem isso – disse Prass.

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