O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou
nesta quarta-feira, 5, que o governo e a presidente Dilma Rousseff estão
assumindo um risco de popularidade para tomar medidas que "são necessárias
para o país voltar a crescer".
"O Brasil precisa de reformas rápido, sem
populismos fáceis. O governo tomou a responsabilidade e assumiu o custo de
popularidade para fazer o necessário para o país voltar a crescer. A presidente
assume esse risco sem temor", afirmou o ministro.
Levy voltou a defender que as medidas de ajuste
fiscal não têm sido responsáveis pela contração da economia. "Primeiro,
temos que entender que o ajuste fiscal não causou desaceleração da economia. Os
economistas vêm falando que a recessão começou em 2014. O ajuste fiscal é uma
consequência e é ferramenta indispensável para voltarmos a crescer",
afirmou.
"Não adianta falar em agente pós-ajuste se
o ajuste não estiver completo", disse. A agenda "pós-ajuste" foi
uma expressão cunhada pelo próprio ministro, ao se referir, em discursos
anteriores, a medidas estruturais, complementares ao controle das contas
públicas.
O ministro da Fazenda disse também que uma das
coisas mais importantes para o país voltar a crescer é destravar a reforma do
ICMS e do PIS/Cofins. "É como se fosse a mãe de todas as reformas
estruturais. Tem evidente impacto na capacidade do Brasil para reagir à mudança
de cenário com o fim do ciclo das commodities. Poucas pessoas entendem que um
dos fatores que mais nos puxam para trás é a dificuldade para o pagamentos de
impostos, em particular dos indiretos", afirmou.